Jerre Aventura na Serra do Rio do Rastro / RS com direito a passeio noturno inesquecível.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Com um sábado (29/05) amanhecendo com tempo nublado e pancadas esparsas, a turma foi chegando na Revenda Honda Via Porto, de Porto Alegre/RS em torno de 8h. Motociclistas de Porto Alegre e cidades vizinhas, como Canoas, Viamão, Guaíba e até mesmo Pelotas, distante 250 km da capital, vieram juntar-se ao grupo.
Vale uma resalva para falar dos dois casais que vieram de Pelotas, (Handersen/ Marcos, com suas respectivas esposas) pois rodaram 500 km a mais que todos do grupo. Estradeiros simplesmente, motociclistas ...
Fomos via Free Way ate Osório, parada no Posto KM 01 da Estrada do Mar, abastecimento, cafezinho e ver a chuva cair bem no momento de nossa chegada. Mas já na saída, tinha passado. Opa, parece que a sorte esta se pronunciando para o nosso lado.
Estrada do Mar tranqüila, chegada rápida em Torres/RS, onde já tinha uma mesa nos esperando na Churrascaria Mirim. Momento que a turma aproveitou para relaxar durante a refeição, pegar no pé de alguns, tipo nosso amigo Cristenher que na parada anterior teve dificuldade para colocar a galocha por sobre a bota, pois achava que viria mais chuva. O bombeiro do posto ficou com pena e veio perguntar se precisava de ajuda. E nós um pouco a frente esperando ele. Resultado: Se revoltou com a galocha, não colocou mais. Que culpa ela tem???
Após Torres/RS, pegamos a BR-101 até Içara/SC, que estava relativamente tranqüila. Esta entrada por Içara/SC evita atravessar Criciúma/SC, e posterior perda de tempo, muitas sinaleiras.
Uma paradinha rápida em Cocal do Sul/SC, para então fazer os últimos 60 km ate a serra. Cidades como Urussanga, Orleans foram ficando para trás e já na chegada de Lauro Muller/SC, a serra começa a despontar lá ao longe.
E começa a aceleração...do coração é claro, pois as motos começam é a reduzir, curtir as curvas e a vista que se prenuncia. Após o distrito de Guatá, começa a subida. O hotel já nos esperava, mas foi somente o tempo de largar a bagagem nos apartamentos.
Como o hotel fica no inicio da serra, já foi possível ver que estava limpa. Foi questão de minutos para todos largarem tudo. Como ela podia fechar a qualquer momento, não queríamos perder tempo. Mas foi na continuação no balé das curvas que uma neblina apareceu do lado direito. Bah...justo agora??? Que nada, era passageira! Limpou e na subida com paradas em vários dos mirantes ao longo da estrada, muitas fotos é claro.
Em uma destas paradas nos encontramos com amigos do Cavalos de Ferro de Florianópolis em jornada para São Joaquim. Confraternização da turma, com eles seguindo em frente. Nisso já estavamos chegando na parte iluminada, e começando o espetáculo noturno.
A euforia era geral. Eu mesmo já perdi a conta quantas vezes estive na Serra, e nunca tinha conseguido pegá-la limpa, sem neblina.
Muitas paradas a partir deste ponto. Sendo que posso destacar dois momentos:
A cachoeira que existe a esquerda de quem sobe, toda iluminada, bem ao lado do Monumento aoTropeiro, era um espetáculo da natureza com efeitos de luzes.
Outro foi lá no mirante, bem no topo da serra. Aquelas luzes serpenteando a serra, as cidades a quilômetros de distância, todas iluminadas.
Foi onde toda a magia e a energia positiva que emana daquele espaço se fazia presente no rosto de cada um dos participantes do Tour.Por motivos como estes esta Serra atrai motociclistas do Brasil inteiro para visitá-la.
Mas fazia muito frio e vento, o que fez a turma entrar em alguns quiosques que existem no mirante. Foi a vez do chocolate quente, pinhão entre outras opções para aquele friozinho. Artezanato também se faz presente nos quiosques.
Começamos a descida, curtindo cada curva, pois já nos aguardava um belo jantar no hotel. Momento de descontração e relaxamento mais sorteio de alguns brindes para os participantes do Tour.
Domingo (30/05), 8h30min já estávamos subindo novamente a Serra, agora para ver o espetáculo durante o dia, impressionante e imponente.
A estrada, com sua linhas tortuosas, sempre acompanhada de um lado por uma vegetação densa e exuberante e paredões e do outro, a visão, lá embaixo, de um rio pedregoso.
Ficamos na serra até em torno das 10h30min. Neste momento algumas nuvens passam e resolvem nos deixar alguns pingos, achamos que seria um dilúvio. Mas não, alguns pingos.
Neste momento começamos a descida, parada no quiosque que existe na descida, para comprar lembranças da serra, DVD com o histórico detalhado da construção da serra, entre outros.
Começamos o retorno após o abastecimento em Guatá. Existiram momentos de tristeza, exemplificando a correria do Carlinhos de Canoas, com sua esposa, com correria de ultima hora para comprar traje de chuva e não pegar chuva realmente que se fizesse nescessario o traje. Ele reclamou. Fazer o que nestes momentos???
Almoço novamente em Torres/RS, e retorno com dia limpo e sol grande parte do trajeto.
Isso abriu espaço inclusive para nosso amigo Nenão durante uma parada na Estrada do Mar, enquanto o pessoal da Via Porto batia fotos e conversava, pegar a chave da ignição do carro de apoio. Resultado que todos arrancaram, inclusive o próprio Nenão, andou um pouco e retornou. Nisso o pessoal já tinha virado o carro de apoio do avesso atrás da chave. E o cara de pau do Nenão ainda disse que tinha ido buscar a chave reserva para eles.
Termino aqui minha narrativa, agradecendo sempre cada um em particular pela companhia em mais esta estrada.
Jerre Rocha - Via Porto Honda
E lembrem-se sempre:
"A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: “Não há mais que ver”, sabia que não era assim. O fim da viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. “
(José Saramago)
Veja as fotos dos melhores momentos da aventura na Serra do Rio do Rastro:
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