Teste da Yamaha Fazer 250 num percurso de 1290 km com estradas de terra e asfalto.
terça-feira, 29 de março de 2011
Apresentada em 2010, a nova Yamaha YS 250 Fazer 2011 chegou ao mercado com um visual renovado, painel digital e freio a disco na roda traseira. Para conferir a sua qualidade, percorri 1290 km em moto turismo utilizando uma Fazer 250 cedida pela Motoryama Yamaha de Porto Alegre/RS. Confira!
Percurso
O teste foi realizado em duas etapas: na primeira etapa viajei sozinho e sem garupa em um percurso de 370 km, sendo 120 km de estradas de chão batido na região do Vale do Taquari/RS pela colônia, visitando e fotografando cachoeiras da região, para ser mais exato, Canudos do Vale/RS.
Na segunda etapa, com a motocicleta totalmente carregada e com garupa, foram percorridos 920 km dando uma volta na Lagoa dos Patos/RS. Foram visitadas algumas cidades como São Lourenço do Sul/RS, Pelotas/RS, Rio Grande/RS, inclusive rodando pela areia 7 km entre os Molhes da Barra até o Cassino, isso na cidade de Rio Grande/RS.
Após atravessando de balsa pelo canal que liga as cidades de Rio Grande e São José do Norte/RS, indo costeando o canal até a Barra.
Para finalizar o teste, rodei na BR 101, hoje asfaltada e que no passado já foi chamada de Estrada do Inferno no trecho entre São José do Norte e Capivari do Sul/R. Hoje é uma grande reta com fortes ventos laterais dependendo da época. A Fazer se manteve firme na casa dos 100 km/h, mesmo com ventos fortes. Cidades como Bojuru, Tavares, Mostardas, Palmares do Sul foram ficando para traz em meu roteiro.
Modelo Anterior
No modelo anterior da Fazer, sem as modificações de design e alguns itens mecânicos, já havia rodado muito e, além disso, meu parceiro de viagens Marcio 14 foi proprietário de uma. Percorremos o Uruguai de Costa a Costa com um total de 2700 km onde foi possível observar o comportamento da motocicleta com gasolina pura, no caso com 85 octanas. Rodando com a gasolina do Uruguai (sem adição de álcool como no Brasil) e com velocidades abaixo dos 100 km/h, a Fazer modelo anterior manteve médias de 32 km/l. Foi turismo puro, arranca e para, curtindo as estradas e o País.
Resultados
O novo design, com inspiração na XJ6, o acréscimo de freio a disco traseiro, as novas rodas, a rabeta, a lanterna traseira, o novo painel e o novo farol formam um conjunto que agrada muito, sem duvidas.
Na incursão de 920 km, utilizei por um trecho de 290 km com uma velocidade de 100 a 110 km/h com picos de 125 km/h, a Fazer manteve-se na excelente média de 26,89 por cada litro de combustível.
O tanque de combustível continua excelente, 19,2 litros, que somado ao motor confiável de sempre e mão fechada oferecem ótima autonomia. Levando em conta variações de peso e a maneira que usa o acelerador, a autonomia pode subir ou descer. Se apertar chega rápido na casa dos 140 km/h e consumos a 24 km/l ou menos.
A injeção, que continua ótima, aliada a este motor com cabeçote com duas válvulas torna este modelo muito versátil. Em praticamente todas as situações disponibiliza respostas rápidas. Baixos e médios giros neste motor são os ideais, e para ser sincero, gosto muito deste motor, ele é bem linear.
Visualizando frontalmente o farol assimétrico e agora com lâmpada de 60 w se destaca. À noite em uma estrada escura faz a diferença. Na traseira a nova Fazer possui lanterna com lâmpadas de Led, suporte de placa dependurado (outra lembrança de irmãs maiores - R1) e rabeta do tipo afilada.
O painel que já tinha nascido defasado em design agora está excelente, tanto em leitura diurna como na leitura noturna (conta-giros analógico e tela digital). Rodas e alertas também reestilizadas. Um conjunto que em termos de design agora ficou muito interessante e atualizado.
A suspensão traseira ficou mais macia em relação ao modelo anterior. O freio a disco na traseira, que deveria ser item obrigatório em todas as motocicletas, se mostra ótimo no asfalto, já em chão batido e areia é necessário cautela.
É importante salientar que os caronas acima de 1,65 metros de altura terão certo desconforto nas pernas em distâncias maiores devido à altura das pedaleiras traseiras. Já o banco, tanto para o piloto quanto para a garupa é bem confortável, não há reclamações.
Em viagens com alforges e carona o conforto não deixa a desejar. Mantém facilmente os 100 km/h e com boa autonomia.
Levo em conta que quem adquire este modelo quer isso mesmo, versatilidade total e isso ela cumpre com maestria. Não se prive de incursões em estradas de chão batido, com a devida cautela sempre, afinal não é uma trail como a Lander. Para quem busca versatilidade e economia encontra neste modelo de 250cc uma ótima opção.
Yamaha YS 250 Fazer
A Favor
• Autonomia
• Painel Digital
• Freio a disco traseiro
Contra
• Posição das pedaleiras traseiras
Fonte:
Textos/Fotos: Jerre Rocha
Revisão: Juci Schena
2 comentários:
Muito bem escrito, parabéns a vcs!
Ass: Lucas Queiroga, Fazer 12/12 - 1.000km rodados
Gostei do relato de viagem com sua Fazer, tenho um modelo 2010 ja rodados exatos 63mil km, e pra minha surpresa:ela é excelente! Nunca me deixou na mão, ótima em cidade/estrada. Fiz Muitas viagens e farei outras tantas até chegar nos 100mil e trocar por outra zero km!!
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